Você sabe o que é um teste auditivo?

Aparelhos Auditivos

Você já fez algum teste auditivo? O mais provável é que a sua resposta seja negativa. Mas a verdade é que a maioria das pessoas realizou um exame chamado triagem auditiva neonatal quando nasceu, mesmo que não saiba.

Esse teste é muito importante para avaliar possíveis dificuldades na audição dos bebês. Afinal, se fôssemos esperar até que os pais notassem algum sintoma nas crianças, elas poderiam ficar anos sem assistência! Ainda assim, embora seja fundamental na infância, ele não é suficiente para determinar nossa saúde auditiva.

Isso acontece porque a nossa audição passa por diversas mudanças no curso de nossas vidas. Principalmente quando se aproxima da terceira idade, é comum que a capacidade de escutar comece a declinar — ainda que de forma sutil, passando desapercebida mesmo se nos esforçarmos para percebê-la. Pois é aqui que entra o teste auditivo.

No post de hoje, veremos as principais informações sobre esse assunto. Começaremos falando sobre a importância do teste na prevenção de doenças e como ele é feito. Em seguida, veremos quais afecções podem ser detectadas com ele, e como tratá-las. Então, vamos lá?

Qual é a utilidade do teste auditivo?

Como mencionamos, a perda auditiva muitas vezes não é percebida pelo paciente. Podemos estar em estágios iniciais da diminuição de acuidade auditiva, por exemplo, em que ainda não há sintomas tão fortes. Nesses casos, conseguimos desvendar com relativa facilidade o causador do problema e eliminá-lo — o afastamento do agente causador já retarda a sua progressão, na maioria das vezes.

Já em casos mais avançados, o teste auditivo é útil para definir qual será a terapia de escolha. Alguns graus de perda auditiva podem indicar o uso de aparelhos de surdez, por exemplo. O exame pode até ser mandatório para intervenções mais incisivas, nesses quadros de maior gravidade.

Há diversos fatores do nosso cotidiano que podem influenciar a perda auditiva, dentre eles a poluição sonora e o uso de medicamentos (como antibióticos, diuréticos e até aspirina). De toda forma, quanto mais precocemente identificarmos o problema, mais fácil será tratá-lo — e o teste é fundamental para isso.

Como é realizado esse exame?

Anteriormente ao exame, o profissional realizará uma entrevista chamada anamnese. Nela, buscará possíveis fatores de risco para a perda auditiva e sintomas que podem estar associados a ela. Embora compreenda uma parte simples da avaliação auditiva, a anamnese é o principal momento para criação de hipóteses diagnósticas.

Depois disso, o procedimento inicial (mais simples) pode ser realizado em ambulatório: o fonoaudiólogo responsável tampará uma de suas orelhas de cada vez e solicitará que você indique quando ouvir algum som. Isso pode envolver palavras faladas ou um apito, por exemplo. Nenhum preparo é necessário.

Já o teste auditivo, propriamente dito, é realizado com o auxílio de fones, que testarão frequências específicas. Ele também será aplicado em uma orelha de cada vez, para que a audição seja testada com mais acurácia.

Da mesma forma, o fonoaudiólogo solicitará a você que o informe quando ouvir algum som. À medida que os tons vão passando, ele anotará o que você conseguir ouvir e obterá a intensidade mínima para cada som. Ao final, esses valores são ajustados graficamente, dando uma medida da sua acuidade auditiva em um audiograma.

Quais doenças podem ser diagnosticadas?

O teste auditivo é utilizado para mensurar a acuidade do paciente — isso significa que ele indica um sintoma, não uma etiologia. Na investigação médica, no entanto, a avaliação desse sintoma tem grande importância. Perdas mais abruptas podem sugerir traumas ou doenças agudas, enquanto perdas crônicas indicam doenças progressivas.

São muitas as possíveis causas de redução na acuidade auditiva. Perdas auditivas ocupacionais, por exemplo, ocorrem quando o indivíduo é exposto a um ruído constante. Elas podem ser irreversíveis, dependendo da gravidade, e ser motivo de afastamento do trabalho.

Outras causas de perda auditiva são infecções, traumas, rompimentos do tímpano e o uso de medicamentos, como comentamos. Algumas delas podem ser evidenciadas rapidamente com uma investigação clínica minuciosa. Rompimentos do tímpano e infecções, por exemplo, cursam com alterações na otoscopia. Averiguação da farmacoterapia utilizada também oferece pistas importantes.

Dentre outras causas da redução auditiva estão ainda os tumores, as perdas relacionadas à idade, otosclerose e a doença de Maniere. Estas requerem investigação adicional, e o seu diagnóstico geralmente é dado por exclusão: tenta-se achar uma causa reversível mais comum e, quando não se consegue, prossegue-se a averiguação mais aprofundada.

Como prevenir e tratar a perda da audição?

Como dissemos, algumas perdas de audição são reversíveis: infecções e obstrução por produção excessiva de cera, por exemplo, podem ser resolvidas com relativa facilidade e trazer de volta a audição. Quanto mais precoce é o diagnóstico, maior é a chance de o profissional resolver essas situações.

Existem, no entanto, quadros de redução auditiva que são irreversíveis. Nesses casos, o melhor a fazer é buscar um tratamento sintomático, para que o paciente não fique funcionalmente prejudicado. Um deles é o uso de aparelhos auditivos — assim, tarefas que anteriormente eram feitas com dificuldade podem voltar a ser realizadas. E o impacto visual desses equipamentos é mínimo, visto que a tecnologia atual está muito avançada.

Como o procedimento, muitas vezes, é caro, algumas estratégias são utilizadas na sua implantação. A maioria dos pacientes inicia com um aparelho básico, para averiguar a sua aceitação e os benefícios. Caso haja intolerância ao uso ou a necessidade de alguma melhoria, prossegue-se para o uso de aparelhos mais sofisticados.

Vale lembrar, por fim, que a perda auditiva configura uma das principais queixas dos pacientes idosos. Ela pode trazer prejuízos importantes ao seu cotidiano, assim como uma diminuição na qualidade de vida.

Nesse contexto, a avaliação de um especialista e a realização de um teste auditivo são fundamentais, capazes de indicar quando é necessário ou não o uso de um aparelho, além do direcionamento da prevenção adequada para cada caso.

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