A timpanometria é a primeira etapa de um exame denominado imitanciometria. A finalidade é analisar a pressão no tímpano e a transmissão de estímulos sonoros para os ossículos do ouvido. Desse modo, é possível detectar possíveis problemas de audição.
O nome pode até parecer complexo, mas a timpanometria é um exame rápido, simples e extremamente importante para analisar a saúde da orelha média e da tuba auditiva. Desse modo, seu objetivo é diagnosticar se há alguma alteração da audição.
Vale lembrar que é fundamental procurar auxílio médico tão logo sentir algum desconforto, mesmo se os sintomas parecerem insignificantes. A demora do diagnóstico pode comprometer a eficiência dos tratamentos e, ainda, fazer com que o distúrbio se agrave.
Como a perda auditiva é um problema que prejudica muito a qualidade de vida do indivíduo, é essencial realizar tais exames regularmente. Sendo assim, preparamos este artigo para que você entenda melhor o que é a timpanometria, como o exame é feito e para quais casos é mais indicado. Acompanhe!
Afinal, o que é timpanometria?
Antes de falarmos sobre o que é o exame, precisamos entender como funciona a audição. Os sons são captados pelo ouvido externo e fazem vibrar a membrana timpânica, que movimenta os ossículos do ouvido e geram estímulos nervosos, que são enviados ao cérebro.
Para verificar se há algum problema no processo auditivo, são realizados exames específicos, como a timpanometria. Trata-se da primeira etapa de um exame denominado imitanciometria ou impedanciometria.
O objetivo é analisar como está a passagem do som durante todo o trajeto mencionado, especialmente, entre a membrana timpânica e os ossículos da orelha — martelo, bigorna e estribo. Assim, a fase inicial do exame, ou seja, a timpanometria, serve para averiguar se o canal auditivo que chega até o tímpano está desobstruído.
Também verifica como a membrana timpânica se comporta de acordo com os estímulos recebidos. Dessa maneira, são avaliadas tanto a pressão no tímpano quanto a transmissão para o martelo, a bigorna e o estribo.
Por meio da timpanometria, o profissional consegue identificar otites catarrais crônicas e tipos de perda auditiva, se condutiva ou neurossensorial.
De que maneira esse exame é feito?
O procedimento é simples, rápido e totalmente indolor. Ele não depende de respostas ou feedbacks do paciente. Logo, pode ser realizado em pessoas de qualquer faixa etária, inclusive em crianças e bebês.
Antes de iniciar o teste, o médico examinará dentro do canal da orelha para se assegurar de que há um caminho desobstruído até o tímpano. Em seguida, o profissional insere uma pequena sonda no canal auditivo.
Essa sonda fica ligada a um aparelho chamado imitanciômetro, que captura a potência de movimentação da membrana timpânica e a intensidade mínima para que ocorram os reflexos acústicos. Para isso, a sonda altera a pressão do ar no ouvido do paciente e, assim, movimenta o tímpano para frente e para trás, enquanto o imitanciômetro registra os resultados em gráficos chamados timpanogramas.
Como é a preparação para o exame?
Por ser um teste bastante descomplicado, a timpanometria não exige uma preparação complexa. Basta que o paciente esteja com os condutos auditivos desobstruídos e que evite sons muito altos nas 14 horas anteriores ao exame. É considerado um procedimento minimamente invasivo e não oferece riscos.
O paciente não poderá se mexer, falar ou engolir durante o exame, pois esses movimentos alteram a pressão na orelha média e geram resultados incorretos. Vale lembrar que o procedimento é totalmente indolor. Apenas um leve desconforto poderá ser sentido quando o profissional introduzir a sonda no conduto auditivo externo.
Que profissional pode realizar a timpanometria?
O exame pode ser feito por um médico otorrinolaringologista ou por um fonoaudiólogo. Muitas clínicas de reabilitação auditiva contam com profissionais capacitados para realizar o exame. Essa é uma excelente solução, pois é possível acompanhar com mais praticidade a evolução do paciente.
É muito importante procurar um profissional para realizar uma consulta assim que sentir qualquer alteração na audição. Após a avaliação, o especialista conseguirá direcionar o paciente para o melhor tratamento para o caso, evitando que ele se agrave.
Quais são as outras etapas da imitanciometria?
Conforme mencionamos, a timpanometria é a primeira fase da imitanciometria. Após esse teste, são realizados mais dois. A seguir, saiba como cada um é feito.
Teste de reflexo acústico
Depois de o ouvido ser submetido a diferentes pressões por meio da timpanometria, é preciso expor a orelha média a intensidades variadas de som. Enquanto o volume deles se alterna, as respostas do ouvido médio são medidas com uma pequena sonda.
O esperado é que o ouvido responda a sons na faixa entre 70 a 100 dB de forma bilateral, isto é, seja qual for o ouvido para o qual o som é direcionado, todos os ossículos devem reagir da mesma forma. O exame é feito com várias frequências de som em cada ouvido, de forma individual e simultânea, para detectar se há perda auditiva condutiva.
Teste de decaimento do reflexo acústico
A terceira etapa é bem semelhante à anterior. A diferença é que, quando o reflexo acústico é estabelecido, eleva-se a intensidade do estímulo e a reação é medida por 10 segundos. Isso permite verificar as mudanças na rigidez ou na flacidez da membrana timpânica.
Que problemas podem ser detectados pela imitanciometria?
Ao solicitar uma impedanciometria, o otorrinolaringologista ou o fonoaudiólogo pode identificar uma série de problemas na audição do paciente, como:
- perda auditiva: conforme os resultados dos reflexos acústicos, é possível identificar se ela é neurossensorial ou condutiva, bem como o grau do problema;
- otite: infecção no ouvido interno, médio ou externo, causada por vírus ou bactérias. Apesar de poder ser detectada por otoscópio na maioria das vezes, a imitanciometria oferece um resultado mais preciso;
- perfuração do tímpano: as respostas indicadas pelo exame poderão apontar se a membrana foi rompida;
- otosclerose: ocorre quando o estribo fica preso no lugar e não se movimenta com a vibração da membrana timpânica, dificultando a audição;
- labirintite: inflamação dos nervos do ouvido interno e que não pode ser detectada por um teste simples de audição. Nesse caso, a imitanciometria é o exame mais indicado.
Em que casos o exame é solicitado?
A imitanciometria é feita para diversas situações, como:
- triagem auditiva de bebês;
- avaliação auditiva de crianças em fase de crescimento;
- investigação de dores frequentes nos ouvidos;
- tratamento de otite;
- diagnóstico de patologias, como alergias respiratórias;
- complemento da audiometria;
- pessoas com zumbido no ouvido;
- análise da saúde do ouvido em caso de paralisia do nervo facial;
- pacientes com perda auditiva em qualquer grau;
- exames pré e pós-operatórios de cirurgias na orelha média.
Cuidar da saúde auditiva é fundamental para evitar problemas mais graves. Sendo assim, realizar exames periódicos, inclusive, a timpanometria, é essencial para que o profissional obtenha um diagnóstico preciso e, assim, recomende o tratamento mais adequado para o caso. Então, não deixe de procurar um otorrinolaringologista ou um fonoaudiólogo para fazer uma análise minuciosa do ouvido e acompanhar os resultados.
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