O aumento da incidência de Otite no Verão

Aparelhos Auditivos

Verão, sol, praia, piscina, otite. A relação é evidente e direta: nos meses mais quentes do ano, aumenta a incidência de otite na população.

Otite é um processo infeccioso e/ou inflamatório que pode atingir a orelha externa e a orelha média. No verão é registrado um aumento de incidência da otite externa, causada pela maior exposição da população à água, seja no mar ou nas piscinas.

Ao ficar no mar ou na piscina por várias horas ao longo do dia, o indivíduo permite que seu meato acústico externo, um orifício revestido de pele, fique em contato com a água, ocasionando descamação dessa pele. Com isso, ocorre uma proliferação de fungos e bactérias, gerando coceira e diluição do cerúmen ali existente, provocando obstrução do conduto.

A Dra. Norma Penido, otorrinolaringologista da Sociedade brasileira de Otologia, orienta que o ideal é não coçar nem introduzir hastes flexíveis ou outros objetos no ouvido. Ao tentar desobstruir ou coçar, o paciente pode traumatizar a região, ocasionando a penetração do microrganismo, gerando infecção. A medida mais indicada é procurar um otorrinolaringologista, para que ele faça a retirada do excesso de cerúmen e indique o tratamento adequado.

Muitas pessoas questionam se existe relação entre a Otite e a perda auditiva. Geralmente a otite associada à perda auditiva não é a otite mais comum no verão, localizada na porção externa do ouvido. A chamada otite média, que se relaciona à perda auditiva, é mais comum no inverno e normalmente está associada a gripes e resfriados. Nesses casos, pode se registrar a chamada perda auditiva condutiva, que é reversível. O importante é procurar orientação médica especializada sempre que os sintomas aparecerem – prurido, dor local, perda auditiva, eventualmente febre e secreção. Otites médias não tratadas podem se tornar crônicas e levar a complicações sérias.

Dicas para se prevenir

1. Evite banhos prolongados de mar, rio ou piscina.
2. Diversifique seu lazer, aproveite seu tempo livre também para um passeio de bicicleta na praia ou para fazer trilhas.
3. Não introduza hastes flexíveis no canal auditivo. Em caso de coceira, sempre consulte um otorrinolaringologista.

Fonte: Entrevista da Dra. Norma Penido à Siemens Audiologia (Jornal Near ––  2, n.3)

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