Saiba o que é trauma acústico e o que fazer diante desse problema

Aparelhos Auditivos

Muitas pessoas sofrem com a perda progressiva da audição sem saber exatamente o motivo que as levou até essa condição de saúde, que afeta profundamente a qualidade de vida. Na consulta médica, um profissional qualificado pode oferecer o diagnóstico de trauma acústico, um problema associado à exposição frequente a altos ruídos.

Esse é um risco presente em várias situações corriqueiras, como no ambiente de trabalho ou até mesmo em festas promovidas em casa. Diante disso, existem cuidados que podem ajudar quem sofre com esse problema. Neste post, esclarecemos algumas medidas, mas antes vamos explicar mais detalhes sobre esse assunto.

Confira!

O que é trauma acústico?

Essa é uma lesão temporária ou definitiva nas pequenas células ciliadas do ouvido interno, provocada pela exposição frequente a ruídos intensos. A lesão pode ser causada por conta de um único ruído alto semelhante a uma explosão ou pela exposição a ruídos desconfortáveis de maneira prolongada.

Existem várias causas do trauma acústico. Na verdade, toda situação associada a barulhos prejudiciais à saúde auditiva pode causar o problema. Usar fones de ouvido com frequência, por exemplo, apesar de ser algo corriqueiro, torna as células ciliadas cada vez mais sensíveis a barulhos. O que no médio e longo prazo pode contribuir para a perda auditiva.

Quais são os fatores de risco?

Algumas pessoas contam com uma chance maior de sofrer com o trauma acústico, por conta da profissão, histórico familiar ou por ter simples hábitos prejudiciais ao sistema auditivo.

A seguir, reunimos os principais fatores de risco associados a esse problema de saúde.

Envelhecimento

É um fato que a capacidade auditiva piora com o passar dos anos. Com o tempo, o tímpano perde parte da elasticidade, enquanto no ouvido médio as articulações ficam enrijecidas. Naturalmente, o número de células sensoriais e ciliadas diminuem, tornando o sistema auditivo, como um todo, cada vez mais vulnerável a ações externas.

Fatores genéticos

Mutações genéricas herdadas dos pais podem resultar em condições de deficiência auditiva congênita nos filhos. Os sintomas de um sistema auditivo mais vulnerável, normalmente, são identificados desde quando a criança é pequena, a partir de exames como audiometria, além da avaliação do histórico familiar.

Ambiente de trabalho barulhento

Profissionais que trabalham em indústrias, siderúrgicas, shows, rodovias, entre outros ambientes barulhentos, estão suscetíveis ao trauma acústico. A Portaria do Ministério do Trabalho, por meio da Norma Reguladora n° 15, estabelece os limites de exposição contínua ou intermitente dos trabalhadores a ruídos intensos.

Por exemplo, o documento define que para o nível de 85dB (decibéis) a exposição deve durar, no máximo, 8 horas. A tabela considera os valores dentro de condições adequadas de trabalho, com o uso de EPI (Equipamentos de Proteção Individual).

Poluição sonora elevada

Moradores de regiões barulhentas, como os grandes centros urbanos, também estão mais vulneráveis ao trauma acústico. Quanto maior o tempo de exposição aos ruídos, maior é a possibilidade de gerar lesões no ouvido interno e, consequentemente, a perda auditiva.

Acidentes e explosões

O trauma acústico também pode ser provocado por conta de situações atípicas marcadas por um ruído explosivo, como acidentes com explosões e tiros de arma de fogo disparados muito próximos do ouvido. A lesão provocada pode curar com o tempo ou deixar sequelas que podem evoluir para um problema auditivo mais grave.

Como identificar os sintomas do trauma acústico?

Como identificar os sintomas do trauma acústico?

Em casos mais graves, as manifestações podem ficar mais frequentes conforme a exposição da pessoa ao ruído intenso, o que pode resultar na perda auditiva por completo. De modo geral, os sintomas do problema são estes:

  • zumbido no ouvido frequente;
  • dificuldade de compreender a fala;
  • intolerância a sons intensos;
  • perda auditiva.

Os sintomas podem cessar quando as lesões provocadas no ouvido interno não são graves. Se eles continuarem, pode ocorrer uma alteração relativamente curta na capacidade auditiva da pessoa.

Na vida cotidiana, essa limitação pode não incomodar, mas as dificuldades de compreensão podem aparecer em ambientes com muitos ruídos. Por isso, ao persistir os sintomas, a melhor recomendação é procurar ajuda médica para fazer uma avaliação do estado de saúde e receber um diagnóstico seguro.

O que fazer diante do problema?

Os motivos que provocam o trauma acústico são diversos e os sintomas podem ser facilmente identificados. Na persistência dos principais sinais, a consulta com um otorrinolaringologista é a melhor saída para receber um diagnóstico preciso do estado de saúde.

Além de conversar com o paciente, o médico pode fazer alguns exames, como a audiometria. Diagnosticado o trauma acústico, as recomendações mais comuns são as seguintes.

Tratamento e reabilitação

Normalmente, a reabilitação auditiva é a mais recomendada para pacientes com problemas relacionados à perda da audição. Nesse caso, são feitos, por exemplo, treinamentos auditivos para estimular as habilidades do sentido a partir de exercícios simples de foco e memorização.

As avaliações periódicas, dependendo do diagnóstico médico, podem ser acompanhadas da administração de medicamentos específicos. É importante jamais se automedicar e seguir as recomendações feitas por um médico.

Aparelho auditivo

Como parte do processo de reabilitação, os aparelhos auditivos permitem que os pacientes recuperem a captação dos estímulos sonoros e as habilidades auditivas enfraquecidas com o trauma acústico. O aparelho auditivo é uma ferramenta com tecnologia sofisticada, além de ser pequeno e discreto. O acompanhamento especializado de uma empresa experiente na área é um cuidado fundamental para que o tratamento com o aparelho auditivo tenha os resultados esperados.

Neste post, vimos que o trauma acústico é um problema que pode afetar a vida de muitas pessoas, já que a causa está associada a uma situação extremamente comum: a exposição a ruídos prejudiciais à saúde. A principal consequência de não buscar tratamento médico é perda auditiva permanente, mas também podem surgir zumbidos e dores de cabeça.

Saiba que o ouvido é uma região sensível do corpo que está suscetível a outros problemas. O barotrauma, por exemplo, é uma condição corriqueira que também merece atenção. Para saber mais, confira nosso post sobre o que é o barotrauma.

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