O que não pode faltar na alimentação dos idosos?

Aparelhos Auditivos

Cálcio, zinco, ferro, vitamina D, potássio, ômega 3 e vitaminas do complexo B são nutrientes que não podem faltar na alimentação do idoso. De acordo com as particularidades de cada um, a quantidade de calorias e a distribuição dos alimentos variam para garantir a manutenção e o fortalecimento de ossos e músculos.

Adotar um cardápio saudável e equilibrado é indispensável em qualquer idade. Para os idosos, no entanto, a atenção com a dieta deve ser redobrada. Afinal, os alimentos são os principais responsáveis por garantir um envelhecimento com boa qualidade de vida.

O grande problema é que alguns fatores relacionados à terceira idade — dificuldade de mastigação, diminuição do olfato e alterações gastrointestinais, por exemplo — podem prejudicar o prazer em se alimentar. Cabe à família, portanto, ajudar nesse processo.

Foi pensando nisso que escrevemos este artigo com tudo o que você precisa saber sobre a alimentação do idoso. Você vai descobrir quais são os nutrientes essenciais e o que fazer quando um parente querido não quer comer. Acompanhe conosco!

Como deve ser a alimentação do idoso?

Assim como qualquer pessoa, os idosos precisam de uma dieta adequada às suas necessidades pessoais. Por isso, sempre que possível, é fundamental procurar ajuda de um médico nutricionista.

Isso ocorre porque cada pessoa tem as suas particularidades, e isso deve ser levado em consideração no momento de montar o cardápio ideal. Por exemplo, de maneira geral, a gordura é uma substância que não é recomendada para os idosos, já que ela pode possibilitar o aparecimento de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC.

Por outro lado, a restrição de gorduras não é indicada para aquelas pessoas que apresentam baixo peso ou pouco apetite. Isso porque, nessas situações, a adição de alimentos um pouco gordurosos — desde que não seja em excesso — é uma forma de aumentar o valor energético das refeições, ajudando o idoso a ganhar peso e ficar mais forte.

Diante disso, é fundamental criar um cardápio diário que considere as necessidades pessoais dele, assim como possíveis doenças ou problemas que ele pode apresentar. A seguir, confira alguns dos fatores que podem interferir na alimentação do idoso.

Dificuldades de mastigação

Devido a alterações na dentição ou à utilização de próteses mal-ajustadas, é comum que algumas pessoas que estão na terceira idade tenham problemas de mastigação. Nesse caso, é aconselhável diminuir ou eliminar certos alimentos duros, como pães de queijo.

Problemas de deglutição

Geralmente causados pela produção insuficiente de saliva, os problemas de deglutição também são comuns nessa fase da vida. Em situações assim, o ideal é umidificar os alimentos, além de adotar uma dieta com consistência pastosa homogênea (creme).

Alterações gastrointestinais

Neste tópico, a alimentação dos idosos e o cardápio ideal dependerão do tipo de alteração gastrointestinal — prisão de ventre, flatulência, diarreia — que eles apresentam. No caso das pessoas que sofrem com obstipação, por exemplo, o mais indicado é aumentar o consumo de fibras.

Quantas calorias um idoso deve consumir por dia?

Quantas calorias um idoso deve consumir por dia?

Equilíbrio é uma palavra muito importante na hora de avaliar a quantidade ideal de calorias, em todas as idades. Uma mulher de 62 anos, com 1,70 m de altura e 59 kg, não vai se alimentar da mesma maneira que um homem de 25 anos, com 1,80 m de altura e 89 kg.

Segundo o Institute of Medicine, a distribuição aceitável de nutrientes para os idosos deve estar entre 10 e 35% para proteínas, 45 e 65% para carboidratos e 20 e 35% para lipídios. Os dados são disponibilizados no Dietary Guidelines for Americans.

Quais são os nutrientes essenciais para o idoso?

Até agora você entendeu que a alimentação do idoso pode variar de acordo com suas particularidades, precisa ainda saber que existem certos nutrientes que são indicados para praticamente todas as pessoas. São os seguintes.

Cálcio

A osteoporose — perda de massa óssea — é um problema bastante comum na terceira idade. Para evitar o aparecimento da doença, é indispensável consumir alimentos ricos em cálcio, já que o mineral é um dos principais responsáveis por manter os ossos fortes. Veja alguns alimentos ricos na substância:

  • leite e derivados;
  • gergelim;
  • verduras verde-escuras (couve, brócolis, rúcula);
  • quinoa;
  • oleaginosos (nozes, amêndoas, amendoim).

Zinco

Com o passar dos anos, é natural que o sistema imunológico fique enfraquecido. Nesse sentido, o zinco é um excelente aliado. Além de aumentar a imunidade, o mineral tem ação antioxidante, ou seja, ele é capaz de desacelerar o envelhecimento das células. Você pode encontrá-lo em:

  • peixes;
  • carne vermelha;
  • gema de ovo;
  • frutas secas;
  • oleaginosas;
  • arroz integral.

Ferro

O ferro é essencial na formação de uma proteína chamada hemoglobina. Em níveis adequados, ela é a responsável por fornecer energia para o corpo. No entanto, os baixos índices da proteína podem ocasionar a anemia — condição perigosa para os idosos. Portanto, ingerir alimentos ricos em ferro é obrigatório. Conheça alguns deles:

  • carnes em geral (principalmente as vermelhas);
  • gema de ovo;
  • melado;
  • verduras verde-escuras;
  • cereja;
  • feijão;
  • grão-de-bico.

Vitamina D

Devido à baixa exposição solar, a produção da vitamina D fica prejudicada na terceira idade. Porém, a substância é fundamental para o metabolismo e a absorção do cálcio. É possível encontrar a vitamina em diversos alimentos, como:

  • óleos de peixe;
  • frutos do mar;
  • gema de ovo;
  • leite;
  • fígado;
  • cevada;
  • salmão;
  • sardinha.

Contudo, tenha atenção: o consumo excessivo de vitamina D pode levar à concentração de cálcio no organismo, e, em excesso, a condição causa cálculos renais e constipação intestinal. Por isso, tenha cautela e procure um nutricionista sempre que for necessário.

Potássio

O potássio ajuda a diminuir os níveis de sódio do organismo e reduzir o risco de surgimento de diversas doenças, como hipertensão arterial e derrame. Além disso, em doses adequadas, os alimentos ricos no nutriente auxiliam no combate à prisão de ventre. O potássio pode ser encontrado em alimentos como:

  • banana;
  • soja;
  • damasco;
  • abacate;
  • iogurte;
  • ameixa;
  • melancia;
  • feijão;
  • ervilha.

Ômega 3

O ômega 3 estimula a comunicação entre as células — a capacidade de receber e enviar sinais elétricos ao cérebro. Com isso, algumas pesquisas têm relacionado o seu consumo com a prevenção de doenças, como mal de Alzheimer, Parkinson e depressão.

Atualmente, é possível encontrar cápsulas de ômega 3 nas farmácias, embora os alimentos continuem sendo as principais fontes da substância, como:

  • sardinha;
  • salmão;
  • atum;
  • óleo de peixe;
  • chia;
  • linhaça;
  • nozes;
  • arenque.

Vitaminas do complexo B

As vitaminas B1, B6, B12 e o ácido fólico trazem inúmeros benefícios para a alimentação dos idosos e de seus organismos, como fortalecimento do sistema imunológico e melhora no funcionamento do cérebro. Elas protegem os tecidos nervosos contra a oxidação. Portanto, o consumo regular de alimentos ricos no nutriente é essencial. É possível encontrá-las em:

  • cevada;
  • gérmen de trigo;
  • sementes de girassol;
  • castanha do pará;
  • fígado;
  • banana;
  • salmão;
  • queijo cottage;
  • ostras;
  • arenque.

O que fazer quando o idoso não quer se alimentar?

O que fazer quando o idoso não quer se alimentar?

Você descobriu o que não pode faltar na alimentação das pessoas da terceira idade. Porém, o idoso não quer comer. Em situações assim, o que fazer?

Em primeiro lugar, é importante observar se as refeições realizadas ao longo do dia estão adequadas às condições de mastigação e deglutição do idoso. Se for preciso, altere a textura dos alimentos. É possível fazer isso amassando os ingredientes com o garfo, por exemplo.

Caso não seja esse o problema, faça com que as refeições tenham mais cor, sabor, formas, texturas e aromas para aumentar o apetite. Se a pessoa tiver condições físicas, também é aconselhável praticar algum exercício para estimular a vontade de comer. Em todo caso, não deixe de procurar ajuda profissional!

Como ajudar o idoso a ganhar peso?

A desnutrição na terceira idade é um problema frequente, mas ainda pouco discutido. Até mesmo o diagnóstico dessa condição de saúde pode passar despercebido, já que alguns sinais da desnutrição podem ser confundidos com os comuns do envelhecimento, como pele pálida, cabelo mais fino e perda da massa muscular.

Também é importante saber que nem sempre a desnutrição está vinculada ao peso abaixo do ideal. Isso significa que um idoso obeso pode estar desnutrido caso tenha passado por uma perda de peso involuntária em um curto período. O principal ponto considerado no diagnóstico é o percentual da perda de peso e a velocidade.

Ao apresentar esses sinais, a melhor recomendação é buscar ajuda médica. Depois de passar pelo diagnóstico de desnutrição, é normal que a dieta do idoso seja o principal campo afetado.

Nutricionistas exigem uma série de exames e consideram as particularidades do idoso para compor uma nova dieta para o ganho de peso. Afinal, “engordar” de forma saudável é muito mais do que comer mais ao longo do dia ou ingerir mais calorias nas refeições. As principais recomendações para esse caso são as seguintes.

Comer a cada 3 horas

É importante não esperar a fome chegar para fazer uma refeição. A regra de comer de 3 em 3 horas merece mais atenção na terceira-idade, principalmente quando o objetivo é ganhar peso. Isso vai favorecer a ingestão de mais calorias do que o organismo consegue gastar.

A ingestão de alimentos processados, ricos em açúcar e gorduras, deve ser evitada para não favorecer o aumento da gordura corporal e o risco de sofrer com problemas cardíacos. O bom equilíbrio dos nutrientes em cada refeição é o que garante o ganho de massa muscular.

Incluir mais proteínas nas refeições

Aumentar a ingestão de proteínas nas refeições contribui para manter os níveis saudáveis de glicose e aminoácidos no sangue. O ideal é que isso seja feito não apenas nas refeições principais do dia, mas também nos lanches. Preparar sanduíches com pão integral, frango e/ou queijo, por exemplo, é uma ótima sugestão.

Realizar atividades físicas

Manter uma regularidade nas atividades físicas é muito importante para a saúde, até mesmo quando o objetivo é ganhar peso. Nesse caso, a recomendação é realizar mais atividades de musculação do que aeróbicas, porque elas são mais adequadas para garantir a transformação das calorias extras em massa muscular.

Antes de se matricular em uma academia, é indispensável que o idoso passe por uma consulta com um nutricionista esportivo e conte com a ajuda de um profissional de educação física para montar um plano de treino adequado.

A alimentação do idoso é um dos fatores que mais influencia o ritmo e a qualidade do envelhecimento e um dos desafios que essa faixa etária precisa enfrentar. A partir de uma dieta adaptada às particularidades de cada um, os nutrientes garantem a manutenção e o fortalecimento dos ossos e músculos, além de fornecerem energia para o copo.

Quais alimentos você tem inserido na sua rotina? Pretende melhorar a sua dieta daqui para frente? Conte-nos a sua experiência aqui nos comentários!

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