8 sinais que vão te ajudar a identificar a perda auditiva

Aparelhos Auditivos

Identificar os sintomas de perda de audição precocemente é um dos principais passos para que a pessoa trate o problema e possa ter uma recuperação com sucesso. Por isso, é preciso estar atento para detectar os primeiros sinais que indiquem alguma alteração na capacidade de ouvir.

Normalmente, a perda auditiva evolui gradativamente, e os sinais são mais difíceis de detectar em seus estágios iniciais. Além disso, os sintomas notados se diferenciam de acordo com a pessoa que os percebe — isto é, são diferentes se você os nota em si próprio ou em outra pessoa.

De toda forma, lembre-se de que apenas um profissional de saúde pode dar um diagnóstico de perda auditiva e indicar o tipo de tratamento adequado para não agravar mais o problema.

Por isso, ao observar alguns dos sinais de que falaremos hoje em parentes ou amigos, indique a visita ao médico otorrinolaringologista ou ao fonoaudiólogo, para que os exames necessários sejam feitos o quanto antes.

Então, vamos lá? Continue lendo este texto e conheça os sinais mais comuns de perda auditiva!

Quais são os fatores de risco que comprometem a audição?

Os fatores de riscos são aquelas situações que podem propiciar o desenvolvimento de alguma doença e está relacionado a condições não modificáveis e aquelas que podem ser prevenidas ao longo da vida.

Em relação aos condicionantes não modificáveis, destaca-se o envelhecimento e o diagnóstico de doenças genéticas, enquanto os fatores modificáveis incluem um estilo de vida com menos ruídos tóxicos. Veja mais detalhes a seguir.

Envelhecimento

O avançar da idade é uma condição fisiológica que causa diversas alterações no organismo, consequência da perda de células por falta de estímulos ou pela degradação inerente do envelhecimento.

Contudo, a família toma como base essa informação e negligencia o tratamento da perda auditiva no idoso, alegando que não existe efetividade no uso de aparelhos auditivos na terceira idade.

Sendo assim, é importante que todos os indivíduos que cuidam do idoso identifiquem sintomas de perda de audição e marquem uma consulta para avaliação criteriosa ou que institua exames periódicos de acordo com a condição clínica dele, para identificar precocemente o problema.

Trabalho ou permanência em lugares barulhentos

Dentro dos fatores de riscos modificáveis, a permanência em lugares com muito ruído, seja por motivo de trabalho ou diversão, talvez seja um dos mais críticos. Todavia, os recursos para minimizar essa exposição são importantes aliados.

Por isso, para aqueles que trabalham em ambientes ruidosos é fundamental o uso de equipamentos de proteção individual e acompanhamento periódico do setor de medicina do trabalho.

Para os indivíduos que se divertem nesses ambientes, recomenda-se pouco tempo de exposição ou a permanência em lugares menos barulhentos a fim de diminuir os impactos sonoros.

Música alta frequente

A melodia de uma canção é algumas vezes empolgante ao passo de instigar o aumento do volume. Contudo, essa prática, quando frequente, não é recomendada devido a risco de lesão das células auditivas.

Além disso, o uso de fones de ouvido de qualquer modalidade é um fator agravante para aqueles indivíduos mais ávidos por músicas em volume superior ao recomendado, pois esse artefato direciona o som para os ouvidos, intensificando o problema.

Por isso, é importante fazer uso esporádico dos fones ou evitar a utilização para evitar a lesão gradativa das células e, consequentemente, a perda auditiva a longo prazo.

Quais os sintomas da perda auditiva?

Agora, a seguir, apontaremos os principais sintomas e sinais que devem ser observados para a identificação da perda auditiva. Confira!

1. Ter dificuldade de entender a fala

Problemas na comunicação são um dos principais sintomas da perda de audição, e, normalmente, são iniciados com a dificuldade de entender a fala.

Muitas vezes, a pessoa ouve o que os outros dizem, mas não consegue compreender as palavras, tendo a impressão de que as pessoas estão murmurando, resmungando ou falando de modo incompreensível. Inclusive, é comum que essas pessoas peçam para que os outros repitam o que disseram, diversas vezes.

Outro ponto a se atentar são os casos em que a pessoa apenas entende quando os outros falam de frente para ela. Desse jeito, ela utiliza a leitura labial para ajudar na compreensão do que está sendo dito.

Também é comum que as pessoas com perda auditiva tenham mais dificuldade de entender a fala de crianças ou vozes femininas. Inicialmente, a pessoa tem essa dificuldade para entender a fala ao telefone e, com a piora, passa também a senti-la durante os diálogos.

Seja como for, observe se a pessoa parece não entender o que os outros falam, pedindo para repetirem a fala ou, simplesmente, não respondendo quando falam com ela. Contudo, essa avaliação deve ser feita em ambientes com pouco barulho, para não tomar decisões precipitadas.

2. Fazer uso da leitura labial durante a conversação

É comum que o indivíduo com perda auditiva gradativa comece a fazer leitura labial durante a conversação, prestando mais atenção ao movimento da boca do que do som que o interlocutor produz.

Quando essa situação ocorre em ambientes com poucos ruídos, é possível que a perda auditiva já esteja em estágios avançados, então o encaminhamento ao profissional clínico deve ser orientado o mais rápido possível.

Também se percebe um desconforto do indivíduo que acompanha a leitura labial, pois, em alguns pontos da conversa, essa estratégia não é eficiente, o que pode comprometer significativamente a compressão da mensagem.

Dessa forma, ele não compreende o diálogo, mas, por vergonha ou desconforto com a situação, não faz comentários sobre o assunto e mantém a ideia de que compreendeu completamente a mensagem sonora.

3. Apresentar intolerância a ruídos intensos

O indivíduo que apresenta sintomas de perda de audição pode ter intolerância a ruídos intensos, evidenciada em lugares fechados com muita conversação, músicas em volumes elevados e barulhos de crianças se divertindo.

A primeira reação é de irritabilidade para permanecer nesses lugares, isolamento para ambientes menos barulhentos, ou retorno imediato para as residências, devido a falta de interatividade com outros indivíduos.

Esses indivíduos podem se queixar de dores de cabeça e outros sintomas desagradáveis após permanecerem no ambiente, o que impacta significativamente no entretenimento, causando frustração nos demais envolvidos.

O problema reside quando se refere ao idosos, devido ao mito de que a surdez na terceira idade não pode ser tratada com aparelhos auditivos. Assim, a família opta por não levá-lo a lugares com música alta, perdendo assim o contato com outros entes queridos e modificando o comportamento do idoso ao longo do tempo.

4. Ter dificuldade de escutar em lugares com ruído

Uma das principais consequências da perda auditiva é o impacto que o problema pode causar na vida social. Muitas pessoas, por terem dificuldade de escutar os outros, se isolam de interações sociais para não passar por situações constrangedoras, até mesmo antes de terem o diagnóstico de perda auditiva.

Isso acontece, principalmente, pois elas sentem mais dificuldade de escutar em lugares com ruídos, como salas de aula cheias, shoppings, festas, feiras etc. Os sons de fundo têm uma grande interferência para as pessoas com todos os níveis de perda auditiva, e atrapalham a sua compreensão da fala, de modo geral.

Por isso, fique atento se a pessoa parece não querer conversar em ambientes barulhentos, ou parece não compreender o que as outras pessoas dizem nesses casos.

Também é comum, nessas situações, que o indivíduo chegue mais perto do interlocutor ou vire a orelha para facilitar a compressão, mas essa atitude pode ser estranha se for feita frequentemente.

5. Falar muito alto

Quando tem perda auditiva também costuma ter dificuldade para escutar a sua própria fala, e não só a das outras pessoas. Por isso, é comum que quem tem perda auditiva um pouco mais avançada comece a falar mais alto, sem perceber.

Inclusive, quando são questionadas sobre o seu tom de voz, elas não compreendem que estão falando alto, pois não é essa a forma como escutam. Então, preste atenção se o seu parente ou amigo passar a falar em tons mais altos.

Esse comportamento pode ser consequência também do aumento do volume da televisão e de outros aparelhos eletrônicos para que eles consigam compreender as mensagens.

Inicialmente, a pessoa costuma ter essa necessidade em lugares mais barulhentos, como dissemos no tópico anterior. Com a piora da perda auditiva, ela passa a falar alto em todos os momentos, mesmo no silêncio ou estando bem próxima às pessoas com quem conversa.

6. Aumentar o volume da TV e do rádio

Outra mudança de hábito muito comum diz respeito ao volume do som da televisão e do rádio. Passando a ter dificuldade para escutar os sons dos eletrônicos no mesmo volume de sempre, a pessoa começa, gradativamente, a aumentar o volume.

Nesses casos, todas as outras pessoas da casa escutam bem com um volume menor, enquanto ela precisa sempre aumentá-lo um pouco. Como essa atitude é facilmente percebida pelos outros indivíduos ao redor, aquele com suspeita de surdez começa a fazer essa alteração apenas quando está sozinho.

Inclusive, as músicas escutadas no rádio e os programas de TV ainda costumam ter ruídos ao fundo, por trás das falas, o que dificulta ainda mais para que a pessoa com perda auditiva entenda o que está sendo dito.

Por isso, esse pode ser um dos primeiros sinais de algum problema na audição, que ocorre antes de a pessoa ter dificuldade para entender a fala no dia a dia.

7. Escutar zumbidos

No geral, o zumbido pode ser considerado uma ilusão auditiva: a pessoa ouve um barulho que não está relacionado com nenhum estímulo sonoro externo. Em outras palavras, é um barulho que não existe.

Aqui, os sons escutados variam, podendo ser toques, zumbidos, cliques ou chiados. Também podem ser contínuos ou intermitentes, mas, de toda forma, costumam causar desconforto e estresse para quem os ouve.

Escutar esses zumbidos pode estar relacionado com a perda auditiva, pois ele surge atrelado a um sinal aberrante do nervo auditivo, que é quem leva a percepção dos sons para o cérebro.

Seu surgimento, assim, pode ser um sinal de que algo não vai bem com o ouvido — ele não causa a perda auditiva, mas pode ser um sintoma dela. Portanto, observe se a pessoa reclama de escutar algum som ou zumbido, seja algumas vezes ao dia ou de forma contínua.

8. Sentir dificuldade para falar ao telefone

A perda auditiva é observada em situações cotidianas simples, mas que interferem na execução de atividades. Por isso é importante ficar atento a alguns comportamentos adaptativos ao longo dos tempos.

Um deles é a dificuldade de falar ao telefone, e muitas vezes o indivíduo responsabiliza o estado geral do aparelho e não percebe que a limitação auditiva é uma condição que está se desenvolvendo.

Nesse caso, cabe ao familiar verificar as condições dos aparelhos de telefone fixo e móvel e orientar o indivíduo a procurar ajuda especializada para identificar possíveis alterações na capacidade de ouvir.

Quais são as doenças que causam lesão auditiva?

Algumas enfermidades têm como complicação a perda de audição, tais como aquelas que lesam a cóclea ou outros distúrbios neurológicos identificados na triagem neonatal, sendo percebidos ao longo do tempo.

Sendo assim, é crucial que a mãe faça o acompanhamento periódico após detecção das doenças genéticas que causam comprometimento auditivo ou faça uma avaliação criteriosa, a fim de identificar a probabilidade de desenvolvimento desse problema no filho.

Se o problema já tiver sido avaliado, é importante que o médico verifique as estratégias terapêuticas mais adequadas à condição clínica em questão para melhorar a qualidade de vida desses indivíduos.

Os sintomas de perda de audição devem ser observados nos indivíduos para melhorar a saúde auditiva e evitar problemas de interação social em decorrência da dificuldade de acompanhar as conversas.

Por isso listamos neste post alguns sinais que ajudarão você a identificar a perda auditiva em seus parentes ou amigos. Lembre-se de que apenas um sinal isolado, provavelmente, não tem muita importância. Agora, se os sinais forem vários ou recorrentes, é preciso procurar ajuda profissional.

Além disso, se acreditar que uma pessoa próxima a você tem alguma perda auditiva, tenha muita cautela ao conversar com ela. Afinal, esse pode ser um assunto delicado, relacionando-se a preconceitos e causando resistência em muita gente.

E aí, o que você achou de aprender mais a respeito dos sintomas de perda de audição? Ficou com alguma dúvida sobre esse tema? Então, conte para a gente aqui nos comentários!

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