Algum parente está com perda auditiva? Saiba como ajudá-lo a reconhecer o problema!

Aparelhos Auditivos

A perda auditiva prejudica a capacidade de comunicação e interação com o mundo, levando à diminuição da qualidade de vida. O ideal é buscar o diagnóstico e tratamento precoces, a fim de minimizar as possíveis complicações.

Porém, nem sempre é fácil diagnosticar uma perda auditiva, pois, geralmente, o problema começa de forma leve e vai piorando gradativamente. Os sintomas podem ser sutis, de forma que a pessoa demore a perceber que há algo errado e, muitas vezes, resista em admitir a situação e procurar ajuda, o que só retarda o processo de melhora.

Devido à importância do tema, elaboramos este texto com dicas de como ajudar um parente ou amigo a reconhecer o problema da perda auditiva, buscar ajuda e superar a situação. Confira!

Sinais de perda auditiva

Antes de sair correndo com seu parente para o otorrinolaringologista ou o fonoaudiólogo, esteja atento aos sinais de perda auditiva. Grande parte das pessoas evita fazer comentários sobre as dificuldades de ouvir, porém é possível percebê-las no dia a dia.

Na maioria dos casos, os sintomas começam leves e vão piorando com o tempo. Inclusive, até a própria pessoa pode demorar para perceber que há algo errado. Os principais sinais de perda auditiva são:

  • dificuldade de se comunicar no dia a dia;
  • pedir para que as pessoas repitam diversas vezes a mesma coisa;
  • aumentar exageradamente o volume da televisão ou do rádio;
  • não entender as palavras ao telefone;
  • dificuldade de ouvir em ambientes mais ruidosos, como em festas, shows ou dentro de ônibus;
  • necessidade de concentrar-se muito para entender o que os outros falam.

Se você perceber alguns desses sinais em uma pessoa próxima, é a hora de pensar em procurar um especialista para investigar se há algum problema auditivo.

Consulta com especialista

É preciso cautela na primeira abordagem com quem você acredita que pode estar sofrendo de algum grau de perda auditiva. Como há muita resistência e preconceito envolvidos nessa questão, as pessoas costumam se ofender. Esses sentimentos estão relacionados principalmente com a falta de conhecimento sobre a saúde auditiva e a retomada de qualidade de vida proporcionada pelo tratamento.

Vale lembrar que quanto mais precoce for o acompanhamento e tratamento, maiores as chances de uma boa recuperação, com restauração total ou de grande parte da audição. Além disso, quanto mais tempo a pessoa demorar para procurar ajuda, mais prejuízo trará para suas relações pessoais e profissionais.

De forma cuidadosa, fale para ela sobre a ideia de consultar-se com um especialista a fim de avaliar a saúde auditiva. Evite utilizar palavras como “surdo” e comunique-se de forma calma e carinhosa. Muitas vezes, as pessoas aceitam se consultar só para “provar” que não há nada errado.

Durante a consulta, o médico fecha o diagnóstico a partir de:

  • história e queixas do paciente;
  • histórico familiar;
  • exame da orelha;
  • realização de testes e exames, como a audiometria.

Aceitação do diagnóstico

O diagnóstico da perda auditiva é feito de acordo com o grau da perda, que pode ser:

  • leve: o paciente tem incapacidade de ouvir sons suaves e alguma dificuldade para entender falas e alguns sons específicos, principalmente em locais ruidosos;
  • moderada: maior dificuldade, o paciente não consegue ouvir sons como latidos e choros e, muitas vezes, é incapaz de compreender a fala;
  • severa: intensificação da dificuldade, o paciente não escuta o telefone e não compreende a fala em geral;
  • profunda: o paciente não ouve sons considerados muito altos, como um caminhão ou a turbina de um avião.

O impacto na qualidade de vida e a dificuldade de aceitação do diagnóstico estão muito ligados com o grau diagnosticado de perda auditiva. A ideia de que necessitará do uso de aparelho auditivo costuma ser um dos pontos de maior resistência dos pacientes.

Para os adultos, o prejuízo da comunicação tem grande peso e o diagnóstico está muito relacionado com o surgimento de depressão. A pessoa passa a se perguntar: para que ir a um restaurante, se não conseguirei ouvir? Para que sair de casa, se nunca entendo o que falam?

O apoio familiar e de amigos é essencial, principalmente com o reforço da importância do acompanhamento por especialista, a fim de que o paciente possa retomar sua autoestima e qualidade de vida.

Os idosos costumam ser o grupo que mais apresenta resistência ao diagnóstico, ou que veem a surdez como “algo normal para a idade”. Mas é preciso tentar mudar esse conceito e reforçar que é uma questão de saúde, que necessita de acompanhamento e tratamento, que estão disponíveis.

Qualidade de vida

O principal fator a ser apontado é que a perda auditiva é um problema que tem tratamento, com muitos profissionais capacitados e equipamentos que ajudarão na solução do problema. Mostre que existem milhares de pessoas que convivem com a perda auditiva e têm qualidade de vida, justamente por terem buscado ajuda especializada.

As tecnologias atuais, com diversos tipos diferentes de aparelhos auditivos, permitem que os pacientes tenham uma vida praticamente normal e retomem suas atividades diárias. Além disso, existem diversas outras facilidades como aplicativos e equipamentos destinados a ajudar os portadores de algum grau de perda auditiva.

Necessidade de aparelho auditivo

O tipo de tratamento da perda auditiva é definido de acordo com o grau de perda e sua causa. Em casos mais simples, apenas uma limpeza da cera local é suficiente para resolver o problema. Se a causa for relacionada a problemas na membrana do tímpano, a cirurgia pode ser indicada.

Porém, em grande parte dos casos, o aparelho auditivo é o tipo de tratamento indicado para perdas leves, moderadas ou profundas. O equipamento convencional é o mais comum e sua ação consiste em captar e transformar as ondas sonoras do ambiente para que o paciente possa escutá-las. Outra opção é o implante coclear, que tem uma tecnologia mais sofisticada.

Felizmente, o preconceito com o uso dos aparelhos auditivos tem diminuído, mas ainda existe. Quando houver resistência por parte do paciente, lembre-o de que os modelos modernos são menores e mais discretos, além de serem muito potentes. Antes de iniciar o uso de qualquer aparelho auditivo, o usuário passa por um teste de adaptação.

O diagnóstico de perda auditiva ainda é muito relacionado com resistência e preconceito. Por isso, é preciso o apoio e acompanhamento próximo dos familiares, para garantir que a pessoa procure ajuda especializada e siga os tratamentos recomendados.

Se você gostou desse texto, leia também nosso artigo sobre como lidar com pessoas com deficiência auditiva. Assim, terá ainda mais condições para enfrentar a situação!

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