Hipoacusia é o termo técnico para o que chamamos popularmente de perda de audição. Ou seja, é quando a pessoa passa a ouvir cada vez menos. Assim, os outros precisam falar cada vez mais alto ou é preciso aumentar o volume da televisão, por exemplo. Trata-se de um distúrbio bastante comum.
Um estudo feito em conjunto pelo Instituto Locomotiva e a Semana da Acessibilidade Surda aponta que no Brasil há cerca de 10,7 milhões de pessoas com algum grau de deficiência auditiva. Esse problema pode ter diversas causas. Então, descobrir os motivos e o tipo de surdez é essencial para encontrar a melhor solução.
Quer saber mais sobre o assunto? Neste post, você vai entender o que é hipoacusia, quais são os principais sintomas, por que ocorre e, ainda, vai conhecer os principais tratamentos. Acompanhe!
O que é hipoacusia?
Como já comentamos no início, hipoacusia é o mesmo que perda da audição. Ela pode surgir em qualquer momento da vida por diferentes razões. Assim, até as crianças podem desenvolvê-la, mesmo que logo após o nascimento o teste da orelhinha não tenha apontado nenhuma anormalidade.
Então, se a pessoa apresenta qualquer grau de dificuldade de ouvir, podemos dizer que ela tem hipoacusia. É importante esclarecer que nem todos os sons são afetados igualmente. Há casos em que a pessoa consegue ouvir ruídos de motores, mas não escuta o som dos pássaros, por exemplo.
Entretanto, somente um profissional como um médico otorrinolaringologista ou fonoaudiólogo consegue investigar a causa, identificar o tipo e recomendar o tratamento correto.
Quais são os tipos de perda auditiva?
A hipoacusia pode ser unilateral, isto é, quando atinge somente um dos ouvidos, ou bilateral, quando ocorre em ambos os ouvidos. Também pode ser temporária. Como dissemos, somente um profissional consegue avaliar cada caso.
Além disso, ela pode ser classificada conforme o grau da perda, a localização do dano que originou a surdez e a idade do início da perda de audição. A seguir, confira os detalhes de cada tipo de deficiência auditiva.
Grau da perda
Também chamado de classificação quantitativa, leva em consideração o nível de perda da audição. Sendo assim, pode ser:
- leve — limiar de audição abaixo de 30 dB (decibéis);
- moderado — limiar entre 30 dB e 50dB;
- forte — limiar entre 50 dB e 80 dB;
- profundo — limiar entre 80 dB e 95 dB;
- perda total, anacusia ou copose — limiar acima de 95 dB.
Localização da lesão
Chamada de classificação topográfica, a surdez pode ser classificada como:
- condutiva — quando está relacionada a algum problema na parte mecânica da orelha externa ou média. Isto é, os danos estão nas estruturas que conduzem as ondas sonoras;
- neurossensorial — quando a lesão está localizada na orelha interna, ou seja, na cóclea, vias acústicas ou córtex cerebral auditivo;
- mista — quando a perda de audição é causada por lesões que surgem, ao mesmo tempo, em várias ou todas as estruturas auditivas.
Idade do início da perda auditiva
A classificação cronológica analisa há quanto tempo a pessoa tem sentido dificuldades para ouvir. Então, ela pode ser:
- hereditária ou genética — causada por algum gene defeituoso. Assim, pode surgir logo no nascimento ou se desenvolver ao longo da vida;
- adquirida — quando as causas são imprevistas, como problemas na gravidez, durante o parto ou, ainda, quando há lesões auditivas em algum momento da vida;
- relacionada à aquisição da linguagem — quando ocorre antes do desenvolvimento da fala, é chamada de surdez pré-lingual. Quando surge depois do desenvolvimento da fala, chamamos de surdez pós-lingual.
Quais são os sintomas da hipoacusia?
A hipoacusia surge gradualmente ao longo da vida. Um dos primeiros sintomas é a dificuldade de entender o que as outras pessoas falam. A seguir, confira outros sinais que podem indicar perda de audição.
Zumbido
Também chamado de Tinnitus, é quando o paciente tem a sensação de ouvir sons sem que haja uma fonte ou causa externa. Isso gera grande desconforto e prejudica o cotidiano da pessoa. Os tipos de sons são variáveis, mas geralmente se assemelham a apito, chiado, cachoeira, cigarra, bater de asas de borboleta, entre outros.
Necessidade de aumentar o volume
Geralmente, logo que a hipoacusia surge, o paciente perde a capacidade de ouvir sons fracos e médios. Assim, é bem comum que passe a aumentar o volume dos aparelhos de som, celular e TV, além de pedir para que as pessoas falem mais alto.
Incapacidade de identificar a direção do som
Esse é um sintoma bastante comum, principalmente quando a perda auditiva é unilateral. Ou seja, a pessoa até consegue ouvir o som, mas é incapaz de identificar de onde ele vem.
Dificuldade para entender o que as pessoas falam
Esse é um dos sintomas mais perceptíveis. A pessoa com hipoacusia passa a não entender o que os outros falam, principalmente se estiver em algum ambiente ruidoso.
Quais são as causas?
Depois de entender o que é hipoacusia, você deve estar se perguntando por que ela surge. Na verdade, ela pode ter diversas causas. As mais comuns são:
- acúmulo de cera — como o ouvido fica tapado, o som tem dificuldade para chegar ao cérebro;
- envelhecimento — com o passar dos anos, há o desgaste das células ciliadas, que dificulta a percepção de alguns sons;
- infecções bacterianas ou virais que afetam o ouvido — a inflamação no ouvido pode prejudicar a capacidade de ouvir;
- doenças — como otite, meningite bacteriana, diabetes, síndrome de Menière, entre outras;
- infecções adquiridas na gravidez — doenças como rubéola, sífilis, herpes, toxoplasmose e citomegalovírus podem causar surdez na criança;
- exposição prolongada a ruídos altos — quando a pessoa fica exposta por muito tempo a ruídos, principalmente no trabalho com maquinários barulhentos, pode ter perda de audição com o tempo;
- traumas — acústico, craniano, no ouvido médio ou interno.
Há tratamento para hipoacusia?
Sim, há tratamento. Porém, como há vários tipos de hipoacusia e diversas causas, é de extrema importância consultar um médico otorrinolaringologista para que ele identifique corretamente a doença e prescreva o tratamento ideal. Ele fará diversos exames, como audiometria, timpanometria, imitanciometria e outros que julgar necessário para diagnosticar corretamente.
O tratamento geralmente é feito por meio de aparelhos auditivos específicos para o seu tipo de hipoacusia. Além disso, o aparelho será configurado para atender às suas necessidades. Você também terá o acompanhamento de um fonoaudiólogo, que ajudará no processo de adaptação e realizará avaliações periódicas.
Como você viu, a hipoacusia é um problema bastante comum no Brasil. Mas a boa notícia é que há diversos tratamentos disponíveis para eliminar ou, pelo menos, amenizar os seus sintomas. A A&R oferece uma grande variedade de opções de aparelhos de altíssima tecnologia, permitindo que você ganhe mais qualidade de vida e independência para realizar as tarefas do dia a dia.
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