O que é o teste da orelhinha? Entenda como ele é feito

Aparelhos Auditivos

O tão esperado nascimento de um bebê está relacionado com um momento de alegria, amor e muito cuidado. Entre os cuidados iniciais, devemos destacar os exames de rastreio, incluindo o teste da orelhinha.

Será que o bebê está ouvindo bem? Será que é possível detectar isso mesmo tão novinho? Na verdade, desde o quinto mês de gestação o baby consegue escutar. É por isso que os papais e mamães devem caprichar na comunicação!

É justamente a comunicação que difere os seres humanos dos outros seres. Além disso, escutar a voz dos pais contribui para fortalecer o vínculo antes mesmo do nascimento. Viu só como é importante checar se está tudo ok com a audição dos pequenos?

Entenda o que é o teste da orelhinha

O teste da orelhinha é um dos exames de rastreio realizados nos primeiros dias de vida da criança. O principal intuito deles é identificar alguma alteração no organismo do bebê. Portanto, não fazem diagnóstico, mas sim indicam se há algo para investigar melhor.

Como exemplo destes exames temos os testes do pezinho, do coraçãozinho, do olhinho e, claro, da orelhinha. Assim, o objetivo dele é detectar possíveis graus de perda auditiva na criança. Lembra que elas conseguem ouvir desde o período intraútero, certo?

Dessa forma, é esperado que já consigam escutar logo após o nascimento. É importante ressaltar que o teste é garantido por lei, ou seja, todos os recém-nascidos devem realizá-lo a fim de rastrear algum problema.

O método utilizado consiste na emissão de estímulos sonoros. A evocação otoacústica é uma das maneiras mais modernas de identificar possíveis alterações mesmo em bebês tão novos. Além disso, é um exame bem simples, que não vai gerar desconforto e nem dor para o baby.

Não podemos nos esquecer que a audição vai muito além de apenas ouvir os sons. Ela é o ponto inicial para a comunicação. Isso quer dizer que um bebê que não escuta bem provavelmente terá outros problemas de linguagem, como a fala acometida.

Saiba como ele é realizado

Saiba como ele é realizado

Como havíamos comentado, o exame deve ser feito logo nos primeiros dias de vida, sendo assegurado por lei desde o ano de 2010. Entenda melhor!

Quando fazer o exame

De acordo com a lei Nº 12.303, sancionada em agosto de 2010, o teste de triagem neonatal deve ser realizado ainda na maternidade do hospital onde a criança nasceu. Além disso, crianças que nasceram fora do ambiente hospitalar, devem realizar até os 3 meses.

Então, considerando as crianças cujo nascimento ocorreu nas dependências hospitalares, é ideal que seja realizado a partir de 48 horas de vida. O exame é bem rapidinho: não requer mais de 10 minutos para conclusão.

Vale destacar que em alguns casos pode ser necessário repetir o exame. Nem todos os bebês precisam refazer, apenas aqueles que cumprem algum dos seguintes critérios:

  • nascimento prematuro;
  • baixo peso ao nascer (< 2500g);
  • infecção materna durante a gestação;
  • histórico de perda auditiva na família;
  • malformações em osso do crânio;
  • uso de antibióticos após o parto.

Nestes casos, como existe um maior risco de alterações auditivas, recomenda-se a repetição do teste após 30 dias.

Como é feito o teste

O teste em si é tranquilo. Ele é feito enquanto o bebê dorme, justamente para evitar algum tipo de incômodo. É introduzida uma delicada sonda no conduto auditivo da criança, que vai produzir o estímulo sonoro e captar seu retorno.

Não se preocupe! Tudo isso é isento de dor e feito de maneira bem rápida. Caso a triagem levante a suspeita para alguma anormalidade, é preciso encaminhar a criança para avaliações mais precisas e voltadas para diagnóstico.

Confira o que fazer em caso de alteração

Uma vez feito o teste, a esperança, claro, é que indique a normalidade da audição. Mas o que fazer caso seja acusada alguma alteração? Bem, existe uma série de fatores que devemos analisar.

Antes de tudo, precisamos reforçar que é relativamente comum o teste indicar alguma anormalidade mesmo que não tenha nada de errado. Nós chamamos estes casos de falsos-positivos. 

Isso porque algumas situações podem interferir na análise do exame, principalmente quando há algo no conduto interferindo na emissão dos estímulos. Quer um exemplo? Podemos citar cerúmen, vérnix caseoso na orelhinha ou mesmo líquido amniótico.

Então, se for indicado alguma alteração, sobretudo unilateral, é preciso avaliar se algo interferiu no exame e, se necessário, repeti-lo. Por outro lado, se for detectado em ambas as orelhas, devemos realizar uma análise mais aprofundada.

Nestes casos, o mais indicado é o acompanhamento por um especialista. Dessa forma, ele pode lançar mão de exames mais específicos para diagnóstico, não apenas de triagem. São raros os casos que não apresentam tratamento e, quanto antes iniciado, melhor.

Veja a importância do teste

Veja a importância do teste

Por fim, vamos comentar sobre a importância do teste da orelhinha. Ao longo do texto, citamos uma série de benefícios que a triagem proporciona para a criança. O grande destaque vai para a possibilidade de diagnosticar problemas auditivos nos primeiros dias de vida.

Isso dá a oportunidade de iniciar o tratamento quanto antes, caso seja necessário. Porém, será que a audição influencia apenas na capacidade de ouvir? Podemos garantir que não! A audição também está totalmente relacionada com a fala.

É por meio da audição que a criança vai desenvolver a linguagem. Afinal, como o bebê vai aprender a falar caso não consiga ouvir as palavras? 

Então, mesmo que haja uma capacidade auditiva ligeiramente diminuída, é fundamental que seja detectado quanto antes. Consequentemente, serão feitas intervenções e o impacto disso será pequeno ou mesmo nulo.

Ah! Por mais que o teste da orelhinha seja o principal método de triagem, é importante que os pais estejam atentos a qualquer alteração no desenvolvimento.

Um bebê recém-nascido, por exemplo, se assusta com sons mais fortes. Já uma criança de 8 meses tende a descobrir de onde vem o som. A partir do primeiro ano de vida, consegue esboçar as primeiras palavras.

Concluímos, enfim, que o teste da orelhinha é um cuidado essencial com o recém-nascido. Ele consegue tranquilizar a família sobre a audição da criança ou indicar a necessidade de uma intervenção. Quanto antes iniciada, melhor o resultado! Por último, mesmo que o teste indique a normalidade na escuta, a audição requer cuidados ao longo de toda a vida. Então, adote bons hábitos e previna a perda auditiva!

Ficou com alguma dúvida sobre o teste? Deixe nos comentários e participe da nossa conversa.

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